A MENTIRA: grandes ou bobinhas? És um “Puer” ???




 O tema parece simplório, mas, não é. Aliás, a compreensão das consequências da mentira tem uma utilidade prática inimaginável e transformadora.

Calma, não irei dizer o óbvio, que mentir é feio e errado, isso todos já sabemos, vou muito além e ouso afirmar que poucos conhecem a verdadeira realidade que uma mentira esconde.

Primeiro: você precisa conhecer uma palavra - Chakra!

Segundo: abrir a sua mente e refletir que, muito embora possa ser um conceito cultural desconhecido ou advindo de uma fé que você não professe (eu, por exemplo, sou cristã, mas gosto de ler e aprender com outras religiões e práticas culturais), é compreendido por mais de 1.15 bilhões de pessoas (hinduísmo) e 521 milhões (budismo); ou seja – algo de bom deve existir!

A palavra chakra vem do sânscrito, uma língua ancestral do Nepal e da Índia; já morta, mas que ainda faz parte do conjunto das 23 línguas oficiais da Índia, com importante uso litúrgico no hinduísmo, budismo e jainismo.

O significado da palavra é “roda de luz”, vórtices que não param de girar, como se fossem espécies de antenas, recebendo e emitindo sinais de energia vital.

Tais centros de energia são responsáveis por nossa estabilidade física, intelectual, emocional e espiritual.

Pois bem, sete deles são os mais conhecidos: o chakra raiz (Muladhara), sacral (Swadhisthana), do plexo solar (Manipura), do coração (Anahata), garganta (Vishuddha), do terceiro olho (Ajna) e o chakra da coroa (Sahasrara).

Cada um deles está associado a diferentes aspectos físicos, emocionais e espirituais do ser humano. Muitos de vocês já viram mulheres indianas que usam símbolos no local do terceiro olho e outros já leram sobre os poderes da glândula pineal (tem crescido o uso de uma bebida enteógena, chamada ayahuasca/daime, com o objetivo de conseguir uma espécie de abertura “química” desse centro energético – totalmente fora da proposta de evolução espiritual de autoconhecimento, utilizam irresponsavelmente, objetivando, apenas, alcançar os estados alterados de consciência que a substância promove. Irei escrever um artigo específico sobre o tema)

São pontos energéticos que influenciam nossa saúde e bem-estar gerais, quando equilibrados, há harmonia interna e saúde. Cada chakra está ligado a cores, elementos, emoções e funções específicas, muitas práticas de cura e bem-estar se concentram em equilibrar essas energias para promover um estado de vitalidade.

Portanto, quando uma pessoa mente isso afeta o chakra da garganta (Vishuddha), que está relacionado à comunicação e expressão, fazendo o corpo entrar em desequilíbrio, afetando todos os demais centros. O resultado são dificuldades de comunicação honesta, falta de clareza na expressão de pensamentos e sentimentos e até mesmo problemas físicos na região, como garganta seca, rouquidão ou problemas de tireoide.

O raciocínio é semelhante para os demais centros de energia, a promiscuidade, por exemplo, afeta o chakra sexual, com consequências perversas para o corpo, além de todos os males físicos e emocionais já bem conhecidos.

Em outras palavras, quando você mente seu corpo colapsa, desequilibrando seu centro de comunicação, além dos enormes problemas advindos da inutilidade e “burrice” em construir uma ficção em torno de você e sua vida. Perde-se a credibilidade, o ato de transmitir a imagem de alguém que não somos corrompe as relações e são severas as consequências para a vida dos envolvidos.

Ademais, quem conta a mentira bobinha, conta a grandinha.

Em outras palavras, retirando uma situação de extremo perigo em que você – evidentemente – poderá mentir para salvar a vida de alguém – a mentira é sempre burra, inútil, desnecessária; pode indicar mitomania (a compulsão por mentir) ou mesmo a presença de um “Puer” – na psicologia, indica uma pessoa adulta cuja vida emocional permaneceu no nível adolescente, a famosa síndrome do Peter Pan; são aquelas pessoas que ainda vivem no mundo de suas fantasias, não conseguem assumir responsabilidades por seus atos e persistem querendo ser eternas crianças, mesmo que já estejam em corpos adultos. Sem falar nas mentiras contadas como decorrência de arquétipos (Carl Jung) em desequilíbrio e os não se aceitam e criam uma verdadeira figura imaginária (persona) que representa aquilo que acreditam ser o que a sociedade espera deles (vide conceitos ligados à masculinidade tóxica).

Ser verdadeiro é para os fortes, maduros e inteligentes, é responsabilizar-se por suas escolhas, assumir as consequências e não vender sonhos e nem a imagem de alguém que não existe.

Erika Rocha von Sohsten

Pré-candidata a vereadora pelo partido novo.


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